domingo, 25 de novembro de 2012
O galo cantou e a casa caiu
Despertador, no mundo real, é um instrumento de tortura utilizado para acabar com a felicidade dos humanos. No meu, é uma máquina que serve para avisar que a vida não pode ser apenas um sonho. Ou seja, em ambos os mundos, ele é a mesma coisa.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
A volta dos que não foram
Não acredito em reencarnação, aliás, não quero reencarnar, mas se for pra voltar, que seja no corpo de um passarinho desses que a gente vê por aí. Se eu tiver que encarar uma segunda vida, que pelo menos dessa vez eu possa voar.
domingo, 18 de novembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Homônimos perfeitos 3
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Regurgitar
Escreva, mas escreva de dentro para fora. Vomite no papel.
Quando as palavras são engolidas, corre-se o risco de morrer engasgado.
Formalidades
Linha tênue
Contexto
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Um quarto diz mais do que mil palavras
domingo, 26 de agosto de 2012
Sobre contar carneirinhos
Precaução
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Invisibilidade
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Sobre rebelião
domingo, 12 de agosto de 2012
Além do manual de instruções
Homônimos perfeitos
Lógica do pessimismo
Sobre não dormir
Não deveria estar acordado, mas dormir parece tão solitário. Com os olhos abertos pelo menos vejo que as paredes, os livros, e até aquele guarda-chuva azul marinho pendurado me fazem companhia. Dormindo eu só chego à conclusão que invento sonhos, e os meus sonhos inventados, quando acordo, se tornam solidão.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Medo e medida
Há dias em que me sinto como se estivesse em pé na beira de um precipício, e isso realmente me amedronta. Mas, por incrível que pareça, só me assusto de verdade quando não consigo sentir nada.
terça-feira, 24 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
O avesso de mim mesmo
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Discursos bem-ditos!
Sempre vejo alguns vídeos, fotos e textos na internet cujos conteúdos são um tanto quanto desnecessários. Acompanhando tais materiais, acabo encontrando comentários do tipo: "maldita inclusão digital". Realmente, alguns desses textos/vídeos/fotos são totalmente dispensáveis, mas não pela maneira como foram produzidos, e sim pelo conteúdo que possuem. Nesse caso, tenho a absoluta certeza que a inclusão digital não é a culpada,
Felizmente, a internet concedeu visibilidade para as pessoas que antes não tinham a possibilidade de serem ouvidas/lidas/vistas. Confesso que, assim como muita gente, já fui preconceituoso na questão da linguagem, contudo, confesso também que era por ignorância. Hoje, pelo contrário, compreendo que a linguagem é, puramente, comunicação e, como tal, não se baseia somente num conjunto de normas gramaticais, mas sim na capacidade de fazer com que compreendam o que estamos querendo dizer.
As redes sociais, por exemplo, possibilitaram que o discurso fosse desinterditado, ou seja, os discursos que antes eram “evitados” por serem considerados “pobres” e “burros” pelo simples fato de não obedecerem às gramaticalidades, passaram a ser lidos/ouvidos.
Não é novidade para ninguém, que, no Brasil, o poderio da comunicação está concentrado nas mãos de poucas famílias, que decidem quais informações os brasileiros devem, ou não, ter conhecimento. Dessa maneira, um modo de manter o status quo, é condenar a disseminação de conteúdos por quem não sabe “dizer” da maneira “correta”, a saber: o pobre. Lógica burguesa capitalista, não?
Depreciar conteúdos produzidos por quem, por diferentes motivos, não domina as normatividades ortográficas é, no mínimo, uma atitude ditatorial. É basicamente dizer: “por favor, você que não sabe a norma culta, não se expresse”. É negar o direito à comunicação.
Por favor, você que está entre os meus contatos do facebook, não me faça ter vergonha de tê-lo por aqui. Não seja ridículo a ponto de menosprezar discursos gramaticalmente incorretos. Acreditem, já vi/li muita gente letrada dizer/escrever besteiras colossais e, em contraponto, já tive oportunidade de aprender muito com quem não sabia sequer escrever. Sou totalmente a favor da liberdade discursiva, pois só assim a expressão das diversidades aparece.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Sobre os zumbis
Bonito ele não era. Talvez, sua aparência fosse, no máximo, agradável. Sabia que podia melhorar, mas isso exigiria tempo (que ele não tinha pra desperdiçar), dinheiro (que ele não tinha pra gastar), paciência (que ele não conhecia o significado) e, o mais complicado: vontade.
Inquestionavelmente receoso, jamais atrapalhava a vida dos outros (morria de medo de ser inconveniente). Dormir, para ele, poderia não ter aquela parte chata: acordar. Por natureza, era sonhador. Parecia uma criança de tanto que sonhava – mesmo sabendo que nenhum de seus sonhos se tornaria realidade.
Um dia, sem querer, se apaixonou. E, acreditem se puderem, a única coisa incrivelmente maravilhosa que a paixão – não correspondida - trouxe para ele, foi a capacidade de morrer e convencer a todos que ainda continuava vivo.