segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Azucrinando.


Rosangela Justino, mulher, psicóloga e curandeira. Alguns curam diabete, pedras nos rins, ou ainda aqueles outros que foram condenados às famosas “ites”, sinusite, rinite e bronquite, entretanto, coitados, doentes, flagelados mesmo, são os indivíduos que sofrem de homossexualismo.
É, meus caros, para essa espetacular “pajé das tribos urbanas”, o sufixo “ismo”, esse mesmo que conota doença, não caiu. Homossexualidade? Sufixo “dade”? Questão de gênero? 17 de maio de 1990? Dia em que a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade do seu quadro de doenças mentais? Para nossa querida profissional, não valeu de nada, é balela. Talvez porque foi a saúde e não a psicologia quem retirou. Cá entre nós, acho que ela não sabe que o psicológico faz parte da saúde, tadinha.
Ela cura homossexuais, recebe dinheiro de pais e mães desesperados e cura crianças indefesas. Conselhos regionais e federais de psicologia não existem para a “toda poderosa”. Ela deve fazer também surdo ouvir, cego ver, coxo andar. Deveria abrir uma igreja.
A Unesco realizou uma pesquisa em 14 capitais brasileiras, 241 instituições de ensino, mais de 16 mil alunos entrevistados e encontrou muitas “rosangelas justinos” por aí. 40 por cento dos meninos entrevistados detestariam ter colegas homossexuais em sua sala de aula, alguns admitiram jogar ovos em alunos afeminados, bater para que eles parem de ir à escola. 35 por cento dos pais têm medo de que seus filhos convivam com pessoas de orientação não heterossexual. Enfim, mais de 100 homossexuais são assassinados por ano em nosso país pelo simples fato de serem diferente. Até onde sei, ser diferente não é ser errado, é ser apenas diferente, afinal, se diferente fosse errado, diferente se chamaria errado e não diferente. Lógico, não? Não queria fugir da nossa realidade, mas preciso dizer que um jovem gay, norte americano, segundo o Departamento de Educação de Massachusetts, ouve comentários anti-gay cerca de 25 vezes ao dia, mais de um por hora, coisa pouca, né?
Senhoras e Senhores, surpreendam-se, pois nossa querida psicóloga acima citada, nunca soube de nada disso. A resolução do Conselho Federal de Psicologia, lá em 1999, no artigo 1º, parágrafo único: “Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”, foi por ela, ignorada.
Desta maneira, eu me pergunto: se eu, embriagado, bato meu carro e mato alguém, sofrerei a pena por esse crime, certo? Exceto alguns deputados por aí dirigindo a 190km/h...mas esse já é assunto para outro artigo. A Rô, querida, foi julgada pelo Conselho responsável, contudo, foi necessário que mais de 200 organizações que atuam na defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, entrassem com ações solicitando uma atitude por parte das autoridades, caso contrário, nem o julgamento sairia. A pena imputada a ela foi uma repreensão pública. Mais ou menos como aquela que nossas mães nos dão na frente dos coleguinhas. E vocês, ainda acham que eu discordo de Rosangela? Pois estão totalmente enganados. Depois disso tudo, quero mais é enfrentar a fila do INSS e me “encostar”, tendo em vista que sofro de uma maligna e poderosa doença.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Apenas mais um dramalhão fantástico e mexicano.


Há em nós, seres humanos, uma negligência com os sentimentos alheios fenomenal. Talvez esse fenômeno negativo se dê por conta do tal estresse da vida moderna ou do individualismo capitalista atual, enfim, o motivo eu não sei, mas que existe, caros amigos, existe.
Certa vez um garoto, com “catarata” nos “olhos sentimentais”, “míope do coração”, se colocou na terrível situação de Hitler das relações pessoais. Ditador, Mussolini piorado, ele exigia, confrontava e oprimia os sentimentos que a si não cabiam.
Avassaladora foi a vez que, sem perceber, se apaixonou. Montou um exército de dor, uma maldição dilaceradora e auto-destrutiva. O pior - e isso eu afirmo sem medo - foi descobrir que para toda ação há uma reação. É, senhoras e senhores, ele foi derrotado, ele sofreu. Em um sábado gelado de inverno ele viu, tentou fechar os olhos, mas não lhe foi permitido – as forças da natureza realmente são honestas, ou melhor, o mundo realmente dá muitas voltas.
Permitam-me contar o fato ocorrido. O garoto, sentiu toda a miséria que havia causado, percebeu o quão egoísta havia sido e, além disso, se encontrou de mãos atadas. Um reflexo da dor foi colocado à sua frente. Simples assim, ele morreu.
Aqui jaz um garoto, que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones, girava o mundo. Mas acabou, pois está morto do coração.