Bonito ele não era. Talvez, sua aparência fosse, no máximo, agradável. Sabia que podia melhorar, mas isso exigiria tempo (que ele não tinha pra desperdiçar), dinheiro (que ele não tinha pra gastar), paciência (que ele não conhecia o significado) e, o mais complicado: vontade.
Inquestionavelmente receoso, jamais atrapalhava a vida dos outros (morria de medo de ser inconveniente). Dormir, para ele, poderia não ter aquela parte chata: acordar. Por natureza, era sonhador. Parecia uma criança de tanto que sonhava – mesmo sabendo que nenhum de seus sonhos se tornaria realidade.
Um dia, sem querer, se apaixonou. E, acreditem se puderem, a única coisa incrivelmente maravilhosa que a paixão – não correspondida - trouxe para ele, foi a capacidade de morrer e convencer a todos que ainda continuava vivo.
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